segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Conferência reúne especialistas em inteligência artificial

Robôs ameaçadores que controlam os humanos ou crianças programadas para amarem os pais eternamente são algumas das imagens veiculadas pelo cinema que representam as ideias populares sobre a inteligência artificial.

Segundo especialistas, o futuro passa sobretudo por ambientes que conheçam “quem lá está dentro”, diz Pedro Rangel Henriques, presidente da Associação Portuguesa Para a Inteligência Artificial (APPIA), que organiza a 19.ª Conferência Europeia sobre Inteligência Artificial – ECAI 2010, que até sexta-feira está a decorrer em Lisboa.

O termo inteligência artificial designa um conjunto de técnicas de programação de computadores que pretende atribuir a estes “algum modo de trabalho baseado na mente humana”.

A maioria dos programas “não tem capacidade de raciocínio, reflexão ou de adaptação” e na área da inteligência artificial pretende-se que tenham “capacidade para descobrir relações de dados que não estão explicitamente guardados na sua memória”.

Há mais de 50 anos que a inteligência artificial é uma disciplina em pleno desenvolvimento e na qual a comunidade científica portuguesa “participa activamente”, frisa o presidente da APPIA, associação criada há 28 anos.

Conferência internacional
junta centenas de participantes

A ECAI 2010, que começou segunda-feira na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, junta 500 participantes de todo o mundo. Aqui serão apresentados os frutos das investigações mais recentes “não para chegar a grandes conclusões, mas para gerar novas ideias”, explica Rangel Henriques.

Entre os temas em destaque na conferência, e que constituem também áreas de trabalho em todas as universidades públicas portuguesa, o presidente da APPIA destaca a investigação em aprendizagem automática, que permite a um programa informático comparar “todos os dados que tem e aparecer com relações que não eram conhecidas”.

A computação adaptativa e evolutiva - técnicas de programação que procuram tornar mais rápido os processos de grandes pesquisas – e a criatividade computacional, “uma área ainda muito recente” que procura “gerar música ou escrever textos automaticamente, mas que façam algum sentido”, são outras áreas em análise.

Para mais informações, consultar o sítio da conferência (http://ecai2010.appia.pt).

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